História dos Temperos
Falarmos da história dos temperos é falarmos de épocas remotas. É conhecermos a história através dos aromas e dos sabores, mas também de luta, de disputa de mercado, de mitologia, de grandes nomes como Marco Polo, Gênsis Khan e tantos outros. A Cesta de Temperos convida você a fazer essa viagem mágica com o mesmo gosto de aventuras do marujo Simbad.
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Considerada símbolo da sabedoria, a canela foi usada na Antiguidade pelos gregos, romanos e hebreus para aromatizar o vinho e com fins religiosos na Índia e na China. Entre as muitas histórias da canela, conta-se que o imperador Nero depois de matar com um pontapé sua esposa Popea, tomado de remorsos ordenou a construção de uma enorme pira para cremá-la. Nessa pira foi queimada uma quantidade de canela suficiente para o consumo, durante 1 ano, de toda a cidade de Roma! Mesmo sem a importância que teve no passado e não sendo mais motivo de lutas entre os povos, a canela continua indispensável, como tempero na culinária moderna. | ||
Na Idade Média acreditava-se que os frutos do zimbro afastavam as cobras e serpentes e protegiam as pessoas contra o ataque de bruxas - talvez pelo fato de os frutos trazerem várias formas,o símbolo da Trindade. Citado no Antigo Testamento, a árvore do zimbro foi refúgio do profeta Elias, na época em que a planta era utilizada contra a peste e as febres epidêmicas. Dedicado à Nossa Senhora, o zimbro tem uma bonita lenda (ou história) relacionada à Família Sagrada. Quando Nossa Senhora fugia para o Egito com o Menino Jesus, os soldados de Herodes estavam tão próximos de capturá-los que Maria, desesperada, escondeu-se entre as árvores de zimbro para proteger seu filho. A árvore teria aberto seus galhos para acolher os fugitivos (que lindo, né?) E o amor de mãe, como é lindo também...O zimbro recebe outros nomes populares como fruto-de-genebra, junípero, junipo. Sua origem é da Europa e Ásia. Esse é um grãozinho quase desconhecido. Os pequenos frutos secos macerados e destilados dão a bebida chamada genebra. Valoriza bastante temperos de carnes. Como a vinha-d’alhos. Principais utlizações: Para aromatizar bebidas alcoólicas caseiras, No cozimento do feijão, indispensável no chucrute, Cozidos de carne e frango, Molho para carnes. FONTES: http://www.semanariozonanorte.com.br/ e http://www.casaspedro.com.br/Temperos.htm | ||
Conta uma lenda que o príncipe Amáraco, filho do rei de Chipre, dedicava-se à arte de fabricar perfumes. Um dia, ele conseguiu criar uma fragrância única, surpreendentemente agradável, e ficou maravilhado com sua criação mas, ao carregar o jarro que continha este perfume, deixou-o cair ao chão e quebrar-se, perdendo o raro perfume. Profundamente entristecido, o jovem começou a definhar, até morrer. Reconhecendo a dedicação do jovem príncipe, os deuses transformaram seu corpo sem vida numa planta muito aromática: a manjerona, também conhecida como amáraco. Na mitologia grega a manjerona é a erva preferida de Afrodite, a deusa do amor, que a teria usado para curar as feridas de Enéias. Para o povo grego, a planta era símbolo da felicidade, tanto que era plantada na frente das casas como sinal de boas-vindas. Gregos e romanos a usavam para tecer coroas para os recém-casados e até hoje a erva é associada à felicidade conjugal. Usada na Antigüidade como afrodisíaco, também apresentava propriedades relaxantes: o poeta Virgílio destaca seus poderes para favorecer um sono repousante e tranqüilo. O responsável pelas propriedades medicinais da manjerona é seu princípio ativo, constituído por tanino e óleo essencial, que garante o efeito expectorante e digestivo. Na forma de chá, a erva pode ajudar no tratamento contra o reumatismo e todas as formas de artrite. A inalação feita com a erva ajuda a eliminar o muco nas gripes e resfriados, prevenindo sinusites. Na cosmética caseira, a planta é usada em banhos relaxantes e como tônico capilar. Na aromaterapia, sua fragrância suave e calmante aquece e reconforta, daí sua ação benéfica sobre o sistema nervoso. O óleo essencial atua positivamente no metabolismo e nos órgãos genitais. Com tantas virtudes fitoterápicas e aromáticas, a manjerona acabou chegando à cozinha. E com boas razões, pois a erva enriquece o sabor dos alimentos e ainda estimula os processos digestivos. De odor penetrante, sabor quente e levemente picante, a manjerona pode substituir o tomilho (ou ser combinada com ele) em algumas receitas, sendo o condimento preferido para temperar assados, molhos para carnes, costeletas, etc. Nas pizzas e molhos de tomate, cumpre com louvor a função do orégano. É preciso observar, porém, que a manjerona é mais doce e perfumada que estas ervas. Tem como origem o nordeste da África e do Oriente Médio até a Índia, a manjerona (Origanum majorana L.; Majorana hortensis M.) é uma planta herbácea da família das Labiadas - a mesma da hortelã, melissa, orégano, tomilho, alecrim e manjericão. Acredita-se que a manjerona foi introduzida no Ocidente durante a Idade Média, possivelmente pelas Cruzadas. Popularmente, a manjerona também é conhecida como manjerona-verdadeira, majerona-inglesa, flor-de-himeneu, majerona-hortensis e amáraco. Fonte: http://www.jardimdeflores.com.br/ |
Conta à lenda que Alexandre o Grande (356-323 A.C) por volta de 327 A.C trouxe para o Ocidente hábitos orientais, entre eles o gosto pelas especiarias, incluindo os pistilos avermelhados das flores do açafrão. (Fonte: O Brasil na Rota das Especiarias: o leva e traz de cheiros, as surpresas da terra nova – autora Rosa Nepucemo.) . |
Denominado de origanon (erva amarga) por Hipócrates na Grécia Antiga, o orégano é originário do Mediterrâneo, Norte da África e Oriente Médio. Na Idade Média era usado para curar infecções e dores de ouvido e os medievais utilizavam nas magias. Os romanos difundiram o uso do orégano através de seu império. Somente o uso da erva na pizza a tornou popular como tempero, sendo cultivado hoje na Europa, Ásia e Américas. Apicius, o famoso cozinheiro romano, considerava o orégano essencial no preparo de molhos. fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/ |
Segundo a mitologia grega, Cupido flechou Apolo, deus da música, com a flecha do amor e a ninfa Dafne com a flecha do desprezo. Movido pelo desejo, Apolo persegue a ninfa, até que ela começa a fraquejar e, prestes a cair nos braços de Apolo, ela invoca seu pai, Peneu, o rio-deus: “Ajuda-me, Peneu! Abre a terra para envolver-me, ou muda minhas formas, que me têm sido tão fatais!” Mal pronunciara estas palavras, e um torpor lhe ganha os membros; seu peito começa a revestir-se de uma leve casca, seus cabelos transformam-se em folhas; seus braços mudam-se em galhos, seus pés cravam-se no chão como raízes, seu rosto torna-se o cimo do arbusto, nada conservando do que fora, a não ser beleza. Apolo abraça-se aos ramos da árvore e beija ardentemente a madeira, mas os ramos afastam-se de seus lábios. “Já que não podes ser minha esposa, serás minha planta preferida. Usarei tuas folhas como coroa, com ela enfeitarei a minha lira e minha aljava, e quando os grandes conquistadores romanos caminharem o capitólio, à frente dos cortejos triunfais, serás usada como coroas para suas frontes. E tão eternamente jovem quanto eu próprio, também hás de ser sempre verde e tuas folhas não envelhecerão.” Na antiguidade greco-romana era símbolo de glória, com as coroas feitas da erva. Na Idade Média era usado para afastar demônios, bruxas e raios. Uma superstição diz que quando morre um loureiro, ocorre um grande desastre. fonte: www.afe.com.br |
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